quarta-feira, 18 de maio de 2011

Alimentação - ontem e hoje!


Compartilhando...

Esbarrei com esse texto no facebook, reflexões de uma amiga que me fizeram parar pra pensar nas transformações que acontecem a cada dia diante de nós.

Como ela mesma menciona, mesmo quem nunca se preocupou com alimentação, o faz no momento em que tem filhos.

As meninas adoram comer suas "besteirinhas", mas não abrem mão de uma boa comida.
Já passaram pela fase do "arroz puro", do caldinho de feijão e outras loucuras mais!
Acho importante oferecer de tudo, entretanto, Lulu, com cinco anos, já tem suas preferências e são respeitadas. 

Na época em que não queria comer caroço de feijão de jeito nenhum, cheguei a ser questionada na escola... e o que falei na época, repito aqui agora: Feijão não é uma questão na minha vida (até porque adoro). Mas ao cinco anos, se minha filha não quer comer feijão,  se alimenta bem e está bem de saúde está tudo certo! Sem pressões, é assim que penso... e no final da história - Lulu está voltando gradativamente a comer o feijão

Eu fiz parte da geração "comida de potinho". Ouço histórias da minha avó contando que eu adorava, só queria aquilo (e acho que por isso virei um "boizinho"... rs). Minhas meninas nunca gostaram, embora confesso que tenha chegado a oferecer (após 1 ano pra Lulu e bem antes pra Duda - segundo filho pode tudo mais cedo). Enfim, nenhuma das duas passou pelos potinhos.

Refrigerantes não existem pra elas. Trocam tudo por um suco e bebem muuuito líquido, o dia todo.
Embora eu seja uma viciadinha na boa COCA ZERO, faço questão que refrigerantes sejam ETs para elas. Na idade da Duda nem pensar, é proibido mesmo. Qto à Lulu, já com mais maturidade, pode experimentar se quiser, não existe uma proibição, mas como não tem o hábito, não gosta (e me agradecerá no futuro).

Os biscoitos salgadinhos são meus grandes amigos quando estou sozinha com as duas pequenas na rua e preciso acalmar a caçula... Entretanto ela é compensada com muito suco,  comida fresquinha "de panela", frutas e outros petiscos saudáveis.

Eu sigo com a filosofia do Dalai Lama... o melhor caminho é sempre o caminho do meio e dessa maneira segue a vida!





Segue o texto da Ju:

_________________________________

A imagem da novíssima princesa de Gales, Kate, empurrando um carrinho de supermercado me consolou do fato de que a falta de frutas, fraldas e shampoo não agüentaria nem mais um dia... Ignorei a gripe, tomei coragem, e rumei com a filhota para o supermercado em pleno sábado a tarde. Início de mês, véspera do dia das mães... nada disso me fez desistir, simplesmente porque não tinha outra opção.
Fiquei pensando nos nossos ancestrais, saindo para caçar.
E nas nossas bisavós que não tinha geladeira para estocar alimento...

E nas nossas avós, que compravam frangos e peixes inteiros na feira para destrinchar e limpar em casa (sem contar os animais ainda vivos que recebiam em casa, me lembro nitidamente de galinhas e porcos em regime pré matança e olha que minha família não poderia ser mais urbana...)
Me consolei pensando que nossas avós não tinham sequer a facilidade de bandejas de frango limpos e cortados ou sei lá,  uma carne moída...

Bom, nossas mães  já tiveram pelo menos essa facilidade, já se encontrava coisa pronta, congelada... ou se tornou mais aceitável um sanduíche por uma refeição... Pensei então nas refeições rápidas, já fora de casa -  a nossa infância já conheceu um fast-food (lembro que era meu prêmio pós dentista ir ao Mc Donalds) – e  nem esperar pelo sanduíche era necessário, sequer descer do carro...
Sem contar a maravilha do Delivery, quando a coragem não chega nem até o carro...

E pensar que por décadas isso foi considerado o cúmulo do sedentarismo...

Pensei em hambúrgueres congelados... uma facilidade moderna quase superada,  pois agora  o lanche vem completamente montado, pão, queijo, molho e tudo o mais, congelado e pronto para esquentar no microondas!!!!!!

E o macarrão? Memória longínqua da família paterna, que preparava mesas e mesas para abrir e cortar a  pasta, enquanto o molho de tomates frescos fervia por horas e horas e horas a fio ...

Depois se tornou aceitável enlatar o tomate, inevitável  o molho pronto temperado ... A massa seca só precisa de 6 a 7 minutos de água fervente. Não consigo pensar em  um prato mais prático do que macarronada. Para mim é mais fácil do que fritar um ovo preparar um espagueti a bolonhesa... Um panela de água quente e uma outra para o molho ou nem isso se fizer um colestérico e delicioso carbonara ...  Mas hoje nem isso é necessário ... o raio do macarrão já vem cozido, no molho, congelado e até com queijo ralado salpicado por cima, 6 minutos de microondas e pronto, você prepara no intervalo da série, nem precisa pausar... Onde vai parar isso????

Os mais otimistas alternativos pensam em rodízios de jantares caseiros – cada pessoa prepara um determinado prato, em várias porções, que são trocadas com os participantes, em uma corrente de cozinha caseira saudável e deliciosa – que evolução seria... pela internet já vi relatos de que acontece...

E por uma  propaganda, pois não tive coragem de assistir isso ainda, soube de um programa de TV em que a família fica a semana inteira sem poder comprar nada pronto, nem pão... e fica todo mundo na cozinha quase todo o tempo livre, conversando e cozinhando, pelo que entendi ... Quem parece mais feliz são as crianças (e de fato, quer deixar minha filha contente é chamá-la para preparar um bolo ou até mesmo para ajudar a lavar a louça – Deus conserve!)

Ajuda a parar para pensar um pouco em que gastamos nosso tempo...

Pensei ainda que minha mãe sonhava com um futuro sem cozinhas em casa. Haveriam restaurantes/cozinhas coletivas em todos os prédios - comerciais e condomínios de apartamento...

Hoje moro em um condomínio om mais de 300 famílias. É uma idéia perfeitamente viável uma piscina coletiva, uma academia... mas cozinha não... Pelo menos não para o dia a dia. Temos churrasqueira, forno de pizza... cozinhar e compartilhar o alimento feito em casa é hoje um  momento especial, que praticamente justifica a  comemoração em si.

Enfim, preparar o alimento para consumir deve ser algo importante. Do contrário nos apeteceria as coisas tais como são encontradas na natureza... vivas ou cruas ou sem tempero algum...ou seria fácil substituir as refeições por pílulas de vitaminas - esse já o sonho da minha vó.

Enfim, mesmo quem nunca parou para pensar em alimentação, fatalmente o fará depois de por um filho no mundo... continuo esse bla bla bla uma outra hora, que vou tirar meu bolo de cenoura do forno – com certeza o bolo mais fácil do mundo de fazer.... pode ter certeza disso, senão eu não faria!

Juliana Crudo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A situação da criança no Brasil!



Que valores passamos para os nosso filhos?

Será que na correria do dia dia e no meio da agenda lotada que nossos pequenos possuem, repleta de festinhas de amigos, peças imperdíveis e manhãs gostosas no parque não acabamos criando uma bolha onde convivem apenas crianças com a mesma realidade e as mesmas oportunidades deles.

A questão da criança e do adolescente no Brasil sempre me tocaram muito, muito antes de me tornar mãe.
Minha experiência nesta área me fez encarar a criança colocada em situação de risco. A criança que não encontra apoio naqueles que, por natureza, deveriam protegê-la - pai e mãe.

Pais e padrastos abusando dos filhos e mães que se calam, por uma dependência mais do que material, por dependência emocional.

O processo de adoção é sim, demorado, burocrático e cansativo. Testa a vontade, a ansiedade e os limites daqueles que querem um filho. Faz com que os candidatos à adoção possam muitas vezes resignificar o que é adotar.
A escolha do perfil - menina, branca, até 18 meses - enche os Abrigos e demais instituições de crianças lindas, cheias de amor, mas fora do perfil "mais buscado" pelos candidatos.

Há crianças que pulam de casa em casa, rejeitadas e devolvidas.
Há crianças rebeldes, como que a testar até que ponto vai o amor e a entrega daquele que a recebe.

Todo filho dá trabalho, tira o sono, faz malcriação quando não deve, te desobedece na casa daquela visita que não tem filhos e não sabe que faz parte.
Todo filho precisa de limites, precisa que alguém assuma o leme e o conduza.
Todo filho precisa que alguém o apresente ao NÃO e lhe dê a segurança de que não está sozinho, não precisa decidir tudo sempre.

As crianças são iguais na medida de suas desigualdades e por isso é de se esperar que uma criança rejeitada, maltratada, largada demore um tempinho a mais para se entregar.

A convite da minha amiga Carolina (Carol) fomos a uma comemoração de Páscoa no Educandário Romão Duarte. Teria sido mais uma das tantas visitas que já fiz a Abrigos e Orfanatos durante a minha vida, se não tivesse sido a primeira que fiz na companhia das minhas filhas.

Lulu e tia Carol

Lulu ficou maravilhada com uma casa tão grande onde moravam juntas tantas crianças e um tanto sem palavras quando descobriu que elas não tinham uma figura de mãe e pai presentes.
Passado o baque inicial de mau humor por ter tido um "sacolé" surrupiado pelo próprio pai, Lulu e Duda brincaram com todas as crianças, interagiram... Sem brigas, sem disputas, sem confusões (e olha que minhas duas moças não são nada fáceis).

Todos nós, adultos e crianças, percebemos cada um a seu modo como um pouco do nosso tempo, do nosso sorriso e do nosso cuidado pode levar alegria a alguém.

Vendo minhas meninas tão cheias de amor, de cuidados, de atenção pedi no meu íntimo que aquelas crianças ali conosco tivessem tudo isso também.

Estar ali com a minha família me fez uma pessoa melhor.
Alex, meu marido, que largou um tanto quanto contrariado a sua soneca da tarde, sorriu no meio dos meninos imitando o "Ben 10", comeu bolo de chocolate, roubou sorvete da própria filha e tenho certeza de que saiu de lá com a mesma sensação que eu.



Duda correu, brincou e pulou... Afinal, quando se tem 1 ano e 8 meses tudo é permitido, não importa o local!
Lulu brincou, fez amiguinhas e na hora de ir embora, concordou prontamente em dar a uma amiga o ovo de páscoa que tinha acabado de ganhar. Na ingenuidade de seus 5 anos, também quis dar um pouco mais de alegria a uma daquelas crianças... É uma semente plantada, fazer o bem, faz bem à gente também!



Carol, obrigada por nos proporcionar uma tarde tão linda! Nos próximos encontros estamos dentro e queremos ajudar mais!





Pra quem quiser conhecer a instituição, segue o link: http://www.romaoduarte.com.br/


Prontas pra voltar para casa... depois de uma tarde muito legal :)