quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jardim da Infância!

Hoje Maria Luísa terá seu último dia de Jardim da Infância e me pego naquele velho clichê de que o "tempo voa".
Ontem mesmo estava preparando toda a documentação para o primeiro dia de aula... Fazendo sua adaptação na primeira escolinha. Me pegava encantada quando ela chegava em casa contando novidades, cantando músicas e aprendendo coisas que não tinha aprendido comigo.

Pronta para ir pra escola!

Ricado, amiguinho de adaptação na primeira escola!


Lendo um texto postado ontem pela mãe de uma amiguinha da Lulu, também emocionada com esta etapa concluída na vida dos pequenos, imaginei o tanto de coisas que aprendemos nessa fase da infância e que formam conceitos básicos que nos acompanham por toda a vida.

Lembro da primeira vez em que Lulu foi mordida por um amigo... A sensação de impotência que toma conta dos pais é uma coisa sem tamanho... Também nós, nesse momento, somos apresentados ao fato de que não poderemos criá-los numa redoma... não poderemos evitar que a vida se encarregue de mostrar-lhes determinadas coisas. Eles precisam aprender a se defender, a correr riscos, a firmar seu espaço no grupo.

Meu carinho eterno à primeira professora da Lulu... Hozana... que foi o colo quentinho e o abraço carinhoso, quando minha pequena chorava e queria mamãe na hora de entrar. Com ela Lulu foi apresentada ao mundo mágico que existia fora da casinha dela, fora daquelas paredes onde reinava absoluta, ainda como filha única!


 Thomas e Sofia, parceirinhos!!!!

O quarteto reunido... Sofia, Steffano, Bernardo (o primeiro namorado) e Lulu!

Então, era chegada a hora... Lulu se despediu de seus amiguinhos rumo a uma nova escola. Mudamos de casa e consequentemente ela deixou sua escolinha na Urca, para encontrar um novo grupo de amigos, no nosso novo bairro.


A adaptação foi super rápida e Lulu se sentiu super integrada aos novos amigos. Vendo essas fotos me deparei com essa oficina de culinária, Lulu logo ao lado daquela que se tornaria sua melhor amiga de todos os tempos, parceirinha de bagunças, conversas de menina e muita diversão - Luísa Lopes!



Sem dúvida foi na escola que minha filha aprendeu o valor das amizades! Conheceu o carinho, o valor da boa gargalhada com os amigos, o ciúme... enfim, todos os elementos que a gente conhece quando se gosta de alguém!

 Davi (amiguinho desde a barriga), Carol e Lulu :) 

 Matheus e Lulu

 Lulu, Nicolle e Vitória

Nicolle, Carol, Lulu e Luísa Lopes

As princesas!

Enfim, hoje se encerra o jardim da infância... aliás, Lulu foi da última turma de Jardim 3, já que a partir do ano que vem as nomenclaturas serão alteradas. A mudança de escola e a entrada no primeiro ano marcarão o início de uma nova fase em sua vidinha!

Em 2011 Maria Luísa aprendeu a ler as primeiras palavras, adora escrever com letra cursiva, desenhar animais e ainda vive num conto de fadas. Aos poucos este conto de fadas vai se transformando em vida real... na medida em que as responsabilidades vão aumentando e nem tudo o que precisa ser feito, é feito apenas por prazer.
Que esta nova etapa não a faça perder a magia, o encantamento e a alegria de viver. Estaremos sempre ao seu lado nessa caminhada, compartilhando seus sonhos, ensinando os deveres (papai colabora com a matemática... rs) e fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para que seus dias continuem a ser coloridos, como seus desenhos prediletos.

Nossa mocinha já dá seus primeiros passos fora do ninho e como é difícil, porém importante, essa construção da individualidade, da personalidade. Difícil saber até que ponto aceitar as diferenças e até que ponto impor o que é certo. Muitos "nãos", muita disciplina e muitos beijinhos apertados pra compensar.

Filha querida, estaremos sempre juntos, nós quatro, pela vida inteira, apoiando suas escolhas e direcionando-a para o caminho do bem! A semente está plantada... esperamos que saiba cultivá-la e colher os frutos mais doces do mundo, do tamanho do nosso amor por você!

“Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.”

Gibran Khalil Gibran














quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quando nasce um bebê...

Eu imaginei que nunca mais me pegaria procurando fraldas RN nas prateleiras de uma farmácia...

Eu imaginei que nunca mais procuraria incansavelmente uma roupinha unissex, por não saber o sexo do bebê... mesmo achando que todas elas tivessem "cara" de menino ou menina!

Eu imaginei que nem tão cedo entraria em uma maternidade.

Mas a vida, graças a Deus, continua me reservando boas surpresas e foi assim que ganhamos de presente a notícia mais que aguardada da chegada do nosso mais novo afilhado... ou será afilhada?

Um bebê programado, esperado e desejado há tanto tempo... não só pelos pais, mas por toda família, pela dinda, pelo dindo e pelas priminhas, agora habita a barriguinha da mamãe Priscila, sob os cuidados do super coruja papai Leo.

Já posso ver quanta alegria os aguarda e fico feliz, pois, de quebra, pego carona em toda essa felicidade. Imagino a barriga crescendo, as festinhas que virão... os bolos maravilhosos da tia Jane, a primeira ida ao Maracanã pra ver o Mengão jogar!

Posso ouvir daqui, da cadeira do meu computador, o choro no meio da noite, acordando a casa toda!
Sei que o Leo será daqueles pais que ajudam, participam e quem sabe até se levante no meio da madrugada pra levar o bebezinho até a Pris.

Vejo daqui o primeiro sorriso, as primeiras papinhas... os pezinhos fincados pela primeira vez na areia da praia e aquela carinha gostosa de quem sente o corpinho molhado pela água do mar pela primeira vez!

Vejo a Pris fazendo adaptação na escolinha e o Léo em sua primeira ida ao Maracanã como pai, claro, pra ver nosso Mengão ganhar!

Vejo nossas crianças todas juntas, brincando, brigando, se divertindo e construindo uma amizade verdadeira como a que nós temos, uma amizade pra toda a vida!

Vejo uma vida inteira pela frente e o nascimento de um bebê, uma mãe e um pai... três vidas que nunca mais serão as mesmas! Apresentar o mundo a uma criança é uma tarefa mágica, uma responsabilidade sem tamanho, que nos traz momentos inesquecíveis.

Amigos, fico feliz demais em poder compartilhar esse momento com vocês, pois a felicidade de vocês é nossa também!

Priscila, minha querida amiga e irmã que escolhi, estamos juntas nessa... e vamos comemorar cada semana desse serzinho já tão querido! Como já te disse, este é o seu momento, preocupe-se apenas em estar bem, em estar feliz!

Amamos vocês! Lúcia, Alex, Lulu e Duda :)

Pris e Leo com o "positivo"!

Um dia especial... 12.06.2011 - Recebemos a notícia pessoalmente!

 Bom demais poder dividir este momento com vocês!

As "Maricotinhas" felizes com a chegada do bebezinho!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Alimentação - ontem e hoje!


Compartilhando...

Esbarrei com esse texto no facebook, reflexões de uma amiga que me fizeram parar pra pensar nas transformações que acontecem a cada dia diante de nós.

Como ela mesma menciona, mesmo quem nunca se preocupou com alimentação, o faz no momento em que tem filhos.

As meninas adoram comer suas "besteirinhas", mas não abrem mão de uma boa comida.
Já passaram pela fase do "arroz puro", do caldinho de feijão e outras loucuras mais!
Acho importante oferecer de tudo, entretanto, Lulu, com cinco anos, já tem suas preferências e são respeitadas. 

Na época em que não queria comer caroço de feijão de jeito nenhum, cheguei a ser questionada na escola... e o que falei na época, repito aqui agora: Feijão não é uma questão na minha vida (até porque adoro). Mas ao cinco anos, se minha filha não quer comer feijão,  se alimenta bem e está bem de saúde está tudo certo! Sem pressões, é assim que penso... e no final da história - Lulu está voltando gradativamente a comer o feijão

Eu fiz parte da geração "comida de potinho". Ouço histórias da minha avó contando que eu adorava, só queria aquilo (e acho que por isso virei um "boizinho"... rs). Minhas meninas nunca gostaram, embora confesso que tenha chegado a oferecer (após 1 ano pra Lulu e bem antes pra Duda - segundo filho pode tudo mais cedo). Enfim, nenhuma das duas passou pelos potinhos.

Refrigerantes não existem pra elas. Trocam tudo por um suco e bebem muuuito líquido, o dia todo.
Embora eu seja uma viciadinha na boa COCA ZERO, faço questão que refrigerantes sejam ETs para elas. Na idade da Duda nem pensar, é proibido mesmo. Qto à Lulu, já com mais maturidade, pode experimentar se quiser, não existe uma proibição, mas como não tem o hábito, não gosta (e me agradecerá no futuro).

Os biscoitos salgadinhos são meus grandes amigos quando estou sozinha com as duas pequenas na rua e preciso acalmar a caçula... Entretanto ela é compensada com muito suco,  comida fresquinha "de panela", frutas e outros petiscos saudáveis.

Eu sigo com a filosofia do Dalai Lama... o melhor caminho é sempre o caminho do meio e dessa maneira segue a vida!





Segue o texto da Ju:

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A imagem da novíssima princesa de Gales, Kate, empurrando um carrinho de supermercado me consolou do fato de que a falta de frutas, fraldas e shampoo não agüentaria nem mais um dia... Ignorei a gripe, tomei coragem, e rumei com a filhota para o supermercado em pleno sábado a tarde. Início de mês, véspera do dia das mães... nada disso me fez desistir, simplesmente porque não tinha outra opção.
Fiquei pensando nos nossos ancestrais, saindo para caçar.
E nas nossas bisavós que não tinha geladeira para estocar alimento...

E nas nossas avós, que compravam frangos e peixes inteiros na feira para destrinchar e limpar em casa (sem contar os animais ainda vivos que recebiam em casa, me lembro nitidamente de galinhas e porcos em regime pré matança e olha que minha família não poderia ser mais urbana...)
Me consolei pensando que nossas avós não tinham sequer a facilidade de bandejas de frango limpos e cortados ou sei lá,  uma carne moída...

Bom, nossas mães  já tiveram pelo menos essa facilidade, já se encontrava coisa pronta, congelada... ou se tornou mais aceitável um sanduíche por uma refeição... Pensei então nas refeições rápidas, já fora de casa -  a nossa infância já conheceu um fast-food (lembro que era meu prêmio pós dentista ir ao Mc Donalds) – e  nem esperar pelo sanduíche era necessário, sequer descer do carro...
Sem contar a maravilha do Delivery, quando a coragem não chega nem até o carro...

E pensar que por décadas isso foi considerado o cúmulo do sedentarismo...

Pensei em hambúrgueres congelados... uma facilidade moderna quase superada,  pois agora  o lanche vem completamente montado, pão, queijo, molho e tudo o mais, congelado e pronto para esquentar no microondas!!!!!!

E o macarrão? Memória longínqua da família paterna, que preparava mesas e mesas para abrir e cortar a  pasta, enquanto o molho de tomates frescos fervia por horas e horas e horas a fio ...

Depois se tornou aceitável enlatar o tomate, inevitável  o molho pronto temperado ... A massa seca só precisa de 6 a 7 minutos de água fervente. Não consigo pensar em  um prato mais prático do que macarronada. Para mim é mais fácil do que fritar um ovo preparar um espagueti a bolonhesa... Um panela de água quente e uma outra para o molho ou nem isso se fizer um colestérico e delicioso carbonara ...  Mas hoje nem isso é necessário ... o raio do macarrão já vem cozido, no molho, congelado e até com queijo ralado salpicado por cima, 6 minutos de microondas e pronto, você prepara no intervalo da série, nem precisa pausar... Onde vai parar isso????

Os mais otimistas alternativos pensam em rodízios de jantares caseiros – cada pessoa prepara um determinado prato, em várias porções, que são trocadas com os participantes, em uma corrente de cozinha caseira saudável e deliciosa – que evolução seria... pela internet já vi relatos de que acontece...

E por uma  propaganda, pois não tive coragem de assistir isso ainda, soube de um programa de TV em que a família fica a semana inteira sem poder comprar nada pronto, nem pão... e fica todo mundo na cozinha quase todo o tempo livre, conversando e cozinhando, pelo que entendi ... Quem parece mais feliz são as crianças (e de fato, quer deixar minha filha contente é chamá-la para preparar um bolo ou até mesmo para ajudar a lavar a louça – Deus conserve!)

Ajuda a parar para pensar um pouco em que gastamos nosso tempo...

Pensei ainda que minha mãe sonhava com um futuro sem cozinhas em casa. Haveriam restaurantes/cozinhas coletivas em todos os prédios - comerciais e condomínios de apartamento...

Hoje moro em um condomínio om mais de 300 famílias. É uma idéia perfeitamente viável uma piscina coletiva, uma academia... mas cozinha não... Pelo menos não para o dia a dia. Temos churrasqueira, forno de pizza... cozinhar e compartilhar o alimento feito em casa é hoje um  momento especial, que praticamente justifica a  comemoração em si.

Enfim, preparar o alimento para consumir deve ser algo importante. Do contrário nos apeteceria as coisas tais como são encontradas na natureza... vivas ou cruas ou sem tempero algum...ou seria fácil substituir as refeições por pílulas de vitaminas - esse já o sonho da minha vó.

Enfim, mesmo quem nunca parou para pensar em alimentação, fatalmente o fará depois de por um filho no mundo... continuo esse bla bla bla uma outra hora, que vou tirar meu bolo de cenoura do forno – com certeza o bolo mais fácil do mundo de fazer.... pode ter certeza disso, senão eu não faria!

Juliana Crudo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A situação da criança no Brasil!



Que valores passamos para os nosso filhos?

Será que na correria do dia dia e no meio da agenda lotada que nossos pequenos possuem, repleta de festinhas de amigos, peças imperdíveis e manhãs gostosas no parque não acabamos criando uma bolha onde convivem apenas crianças com a mesma realidade e as mesmas oportunidades deles.

A questão da criança e do adolescente no Brasil sempre me tocaram muito, muito antes de me tornar mãe.
Minha experiência nesta área me fez encarar a criança colocada em situação de risco. A criança que não encontra apoio naqueles que, por natureza, deveriam protegê-la - pai e mãe.

Pais e padrastos abusando dos filhos e mães que se calam, por uma dependência mais do que material, por dependência emocional.

O processo de adoção é sim, demorado, burocrático e cansativo. Testa a vontade, a ansiedade e os limites daqueles que querem um filho. Faz com que os candidatos à adoção possam muitas vezes resignificar o que é adotar.
A escolha do perfil - menina, branca, até 18 meses - enche os Abrigos e demais instituições de crianças lindas, cheias de amor, mas fora do perfil "mais buscado" pelos candidatos.

Há crianças que pulam de casa em casa, rejeitadas e devolvidas.
Há crianças rebeldes, como que a testar até que ponto vai o amor e a entrega daquele que a recebe.

Todo filho dá trabalho, tira o sono, faz malcriação quando não deve, te desobedece na casa daquela visita que não tem filhos e não sabe que faz parte.
Todo filho precisa de limites, precisa que alguém assuma o leme e o conduza.
Todo filho precisa que alguém o apresente ao NÃO e lhe dê a segurança de que não está sozinho, não precisa decidir tudo sempre.

As crianças são iguais na medida de suas desigualdades e por isso é de se esperar que uma criança rejeitada, maltratada, largada demore um tempinho a mais para se entregar.

A convite da minha amiga Carolina (Carol) fomos a uma comemoração de Páscoa no Educandário Romão Duarte. Teria sido mais uma das tantas visitas que já fiz a Abrigos e Orfanatos durante a minha vida, se não tivesse sido a primeira que fiz na companhia das minhas filhas.

Lulu e tia Carol

Lulu ficou maravilhada com uma casa tão grande onde moravam juntas tantas crianças e um tanto sem palavras quando descobriu que elas não tinham uma figura de mãe e pai presentes.
Passado o baque inicial de mau humor por ter tido um "sacolé" surrupiado pelo próprio pai, Lulu e Duda brincaram com todas as crianças, interagiram... Sem brigas, sem disputas, sem confusões (e olha que minhas duas moças não são nada fáceis).

Todos nós, adultos e crianças, percebemos cada um a seu modo como um pouco do nosso tempo, do nosso sorriso e do nosso cuidado pode levar alegria a alguém.

Vendo minhas meninas tão cheias de amor, de cuidados, de atenção pedi no meu íntimo que aquelas crianças ali conosco tivessem tudo isso também.

Estar ali com a minha família me fez uma pessoa melhor.
Alex, meu marido, que largou um tanto quanto contrariado a sua soneca da tarde, sorriu no meio dos meninos imitando o "Ben 10", comeu bolo de chocolate, roubou sorvete da própria filha e tenho certeza de que saiu de lá com a mesma sensação que eu.



Duda correu, brincou e pulou... Afinal, quando se tem 1 ano e 8 meses tudo é permitido, não importa o local!
Lulu brincou, fez amiguinhas e na hora de ir embora, concordou prontamente em dar a uma amiga o ovo de páscoa que tinha acabado de ganhar. Na ingenuidade de seus 5 anos, também quis dar um pouco mais de alegria a uma daquelas crianças... É uma semente plantada, fazer o bem, faz bem à gente também!



Carol, obrigada por nos proporcionar uma tarde tão linda! Nos próximos encontros estamos dentro e queremos ajudar mais!





Pra quem quiser conhecer a instituição, segue o link: http://www.romaoduarte.com.br/


Prontas pra voltar para casa... depois de uma tarde muito legal :)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

De repente... 30!

Revendo meus escritos e ainda no clima de niver, encontrei este texto que escrevi nos meus 30 anos (lá se vão dois anos... nossa)!

Na época o Blog ainda não existia e por isso não foi publicado. Enviei por e-mail para os mais chegados. Resolvi então publicá-lo aqui, agora... Aliás, boa idéia essa de parar nos 30!

Texto de 27 de abril de 2009:


Para todos aqueles que fizeram parte dos meus 30 anos!
Aqueles que me acompanham há muito tempo ou aqueles que entraram na minha vida recentemente, mas que se tornaram pessoas especiais!
Para aqueles que eu vejo sempre e para aqueles que eu demoooroooo a ver, mas que amo de paixão:
____________________________________________




Cheguei aos 30!

Trinta anos de vida, trinta anos de história, de momentos marcantes,
pessoas importantes, lembranças para sempre.

Hoje é dia de comemorar as lembranças mais remotas...Fui uma criança
feliz! Com minha avó e meu irmão eu joguei bola, botão, andei de
skate, brinquei de playmobil na pia do banheiro e de alquimista
misturando perfumes da minha mãe.



Brinquei de Barbie, dancei com Balão Mágico e fiz pique-niques na
Morada do Sol. Fizemos cola de maisena para colar pipas e outras
invenções!!!!



Ainda pequena me tornei Flamenguista e Mangueirense, influência da
minha avó - embora hoje em dia a própria tenha virado a casaca pro
Mengão!!!!



Joguei Atari e depois Mega Drive, fui baixinha da Xuxa e imitei muitas
coreografias no tapete da sala, era fã de Smurfs, Caverna do Dragão e
tantos outros.



Amava Armação Ilimitada e Barrados no Baile...
Usei polaina, calça de bali, nauru e pochete!!!!!




Vi minha mãe e minha tia irem ao Paraguai e voltarem de malas cheias...
Fui à Cidade das Crianças e ao Play Center, achando que estava indo
pro outro lado do mundo!

Aos fins de semana íamos à praia, ao teatrinho e ao cinema... e
comíamos o macarrão à Bolonhesa do meu tio no final de tudo!



Lembro de ir à Feira de São Cristóvão com meu pai, quando ainda era um
amontoado de barraquinhas e violeiros... e lembro também das idas e
vindas no carro... minha mãe e meu pai sempre implicando um com o
outro e ele, gozador, dizendo: Verinha, vamos falar de flores... e
recitando uma trova! hahaha




Não posso deixar de registrar o dia em que minha mãe e minha tia
fizeram eu e meu irmão entrarmos de penetras em uma festinha infantil
na Morada do Sol... nós entrávamos e trazíamos docinhos para os
adultos do lado de fora... será que elas lembram

Vi o Brasil ganhar e perder Copas do Mundo!
Vi o cometa Halley!
Fui ao antigo Tivoly Park!

Cantei ao som de Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho. Ah... e curti
demais o Nirvana e o Kurdt Cobain!!!





Fui do rock ao axé, passando pelo forró, pagode e funk... passei por
todos os estilos e curti todos eles!

Meu apaixonei pelo Chico Buarque!!!!




Vi o Collor confiscar as poupanças e fui cara pintada!
Vi nascer o Real e vi o dolar valendo igual ao real...
Votei no Lula umas 3000 vezes e fui petista de carteirinha!



Vi surgirem os primeiros celulares e esperei o bug do milênio (que não
aconteceu)!

Comprei discos, cds e vi surgirem os primeiros i-pods!

Pela tv assisti o casamento e a morte da Lady Di.
A morte dos Mamonas Assassinas... e as fotos dos corpos pela internet!
A morte do Ayrton Senna...
Vi as 9 edições do BBB (é, tenho que assumir, sou fã)!
Assisti todas as temporadas de Sex and the city e Lost e virei fã de carteirinha!




Viajei bastante pelo mundo e conheci lugares aos quais espero voltar.

Li muitos livros, estudei bastante e me formei em Direito. Como
advogada, tive a possibilidade de trabalhar com pessoas carentes e
fazer diferença na vida de muita gente, o que considero como o mais
nobre na profissão.

Descobri minha paixão pela dança e me entreguei de corpo e alma... um
dia eu volto!




Fiz amigos que a vida levou para longe, mas que ainda guardo no coração.
Fiz amigos que viraram família e que sei que estarão comigo nos próximos 30!


Descobri que a família é meu porto seguro e sem ela nada tem graça...
Minha família é a mesma nesses 30 anos...

Perdemos meu tio Eduardo, mas não acredito na morte como fim e sei que
de alguma forma ainda estamos juntos!

Tive a sorte de ganhar ao nascer três mães - Vera, Maria e Dóra e o
que sou hoje é a mistura de um pouco de cada uma delas.

Quando menos esperava, mas no momento certo
Embalada ao som de Ivete Sangalo,
Senti o mundo parar ao redor e vi minha vida ganhar um novo sentido
O momento em que você conhece o amor da sua vida transforma tudo para sempre
Faz você perceber que seu coração não é mais só seu
Que sua vida só tem sentido quando ambos estão felizes!




Me tornei mãe... e isso mudou minha vida.
Renasci através do primeiro choro de Maria Luísa,
Voltei a ser criança com seus primeiros passinhos...
Conheci com ela os desenhos e músicas da nova geração
E aprendi que a vida se renova, tudo acontece novamente diante de nossos olhos
E por isso não há tempo a perder.






Hoje, aos trinta, estou no sexto mês de gravidez e serei mãe de novo...
Mãe aos trinta, quem diria!
Pronta pra curtir a Maria Eduarda e ver minha vida novamente passar
por uma transformação!





Deus me permitiu gerar e guiar duas vidas e este foi o maior
privilégio que recebi na vida!
Aprendi que os filhos trazem a tona o que temos de melhor,
Nos fazem superar todos os nossos limites de cansaço e até mesmo nossa
noção de ridículo.
Nos fazem encontrar um amor que é inexplicável, que não imaginávamos existir.

Hoje, aos trinta, sinto que vivi muita coisa, mas tenho a certeza de
que muito ainda falta a conquistar!
Faço planos e tenho metas!
Meus maiores sonhos já foram conquistados e agradeço a Deus e à Santa Bárbara, minha protetora, por isso!

Mas a vida continua e ainda tenho uma tatuagem pra fazer, silicone pra
colocar, uma viagem a dois pelo mundo... quero ver minhas filhas
crescerem fazendo o que gostam, quero ser uma mãe aberta e
compreensiva e vê-las seguindo seus caminhos felizes!




Quero ver a Mangueira campeã de novo!
Quero ir a um show do Chico Buarque de novo!
Quero ganhar meu primeiro milhão!

Quero continuar a ter perto de mim as pessoas especiais que tive até hoje e poder fazê-las saber o quanto são importantes para mim.
E que chova muito... porque a chuva me traz sorte, energia renovada e vida!




Quero ainda ter muito o que contar :)
Lúcia :)